terça-feira, 15 de maio de 2012

Comentando as "Meditações" de Marco Aurélio - II






"I - Dizer para si mesmo, ao amanhecer: "Sei que vou encontrar um indiscreto, um ingrato, um grosseiro, um velhaco, um invejoso, um intolerante. Mas esses homens são assim devido à sua ignorância do bem e do mal. Porém, eu, compreendendo a natureza do bem, que é o belo, e do mal, que é o feio, e da natureza dos próprios culpados, meus parentes, não pelo sangue, ou pelo nascimento, mas pela inteligência e pela origem divina, não temo que me causem dano algum. Sei que não me poderão macular suas feias ações. Não me devo zangar com um parente, tampouco evitá-lo, já que nascemos para colaborar na mesma obra, como os pés, as mãos, as pálpebras, os dentes superiores e inferiores. É contra a natureza a hostilidade recíproca. A cólera e a aversão são hostilidades" (Marco Aurélio, Meditações, Livro Segundo, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002).


"Dizer para si mesmo, ao amanhecer: "Sei que vou encontrar um indiscreto, um ingrato, um grosseiro, um velhaco, um invejoso, um intolerante"   _ Antes do contato com os outros devemos estar preparados. Preparados para enfrentar todo tipo de situação, como um soldado em campo de batalha. Devemos esperar o bem sem esquecer a existência do mal. A evolução acontece aos poucos, não esperaremos de nossos irmãos aquilo que eles ainda não podem compreender e praticar. Por isso precisamos ser indulgentes, ser inclinados ao perdão e à compreensão mútua. Sem isso nova vida será carente de paz e tranquilidade. Estejamos, portanto, preparados para todas as ações de nossos irmãos aqui na Terra.

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