segunda-feira, 25 de junho de 2012

Comentando as "Meditações" de Marco Aurélio - V



"XVI - Por si mesma a alma humana se rebaixa. Inicialmente, quando se torna, por iniciativa própria, um tumor, um abscesso do mundo, pois rebelar-se contra qualquer acontecimento é com efeito apostatar da natureza, que contém como partes as naturezas de todos os seres. Posteriormente, quando concebe aversão por alguém e se inflama de desejos maldosos, como no caso das almas dos homens irascíveis. Na sequência, quando se deixa vencer pelo prazer ou pela dor, quando dissimula, age ou fala sem franqueza, contra a verdade. Ultimando, quando não dirige para um alvo determinado sua atividade e suas tendências, fazendo seja o que for, ao acaso, sem regra, pois até as menores ações devem ser ordenadas segundo a sua finalidade. Conquanto, os seres racionais devem ter por objetivo seguir a razão e a lei da cidade e do governo, veneráveis por excelência." - (Marco Aurélio, Meditações, Livro Segundo, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002).



"Por si mesma a alma humana se rebaixa. Inicialmente, quando se torna, por iniciativa própria, um tumor, um abscesso do mundo, pois rebelar-se contra qualquer acontecimento é com efeito apostatar da natureza, que contém como partes as naturezas de todos os seres"_ Rebelar-se contra o sistema de funcionamento da natureza e do mundo não irá nos ajudar em nada. Devemos encarar os fatos de nossa vida sem reclamar, sem espraguejar, e sem culpar algo ou alguém. Quando culpamos alguém pelos nossos infortúnios e fracassos desviamo-nos de nossas responsabilidades frente aos desafios que a vida nos impõem diariamente. Ao tomarmos atitudes de rebeldia frente a vida rebaixamo-nos, pois esquecemos e colocamos de lado os poderes e recursos íntimos de que dispomos para analisar, agir, e reverter, ou compreender e aceitar os fatos do cotidiano.





quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comentando as "Meditações" de Marco Aurélio - IV




"VIII - Ninguém é infeliz por não haver sondado o que se passa na alma alheia. Todavia, quem não vela sobre os movimentos de sua própria alma é forçosamente infeliz." (Marco Aurélio, Meditações, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002) _ Não nos tornamos infelizes pelo fato de não bisbilhotarmos, esmiuçarmos e desvendarmos a alma dos outros. Proceder dessa maneira é justo e até louvável. O que porém não é nada digno de louvor é despreocuparmo-nos inteiramente do cuidado que a nossa alma exige. Não prestar atenção no fluir da alma alheia não nos prejudica, mas inevitavelmente estaremos nos prejudicando se cerramos nossos ouvidos aos nossos íntimos reclames constantes. Como poderemos ser feliz se não dirigimos nossa alma, se não dispensamo-lhes nossa atenção em conhecer seus desejos e interesses? Devemos ter sempre em mente essas questões: "De que tipo é minha alma? De onde se originam seus interesses? A que coisas ela se liga? O que ela mais procura e qual a razão para isso? Possui ela as noções do certo e do errado? Do justo e do injusto? Ama ela o gênero humano?" Ao pararmos para refletir  sobre essas questões, estaremos desenvolvendo o necessário, vital e fundamental conhecimento de nós mesmos. 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

"VII _ Sacodem-te de um lado para outro os acidentes exteriores. Garanta um pouco de lazer para meditar sobre alguma boa verdade, e foge ao rebuliço." _ O homem será sempre um refém daquilo que acontece em seu exterior se não desenvolver uma atitude de autodomínio sobre si mesmo. Seremos como uma folha que vai para onde o vento a leva. Porém, não somos folhas. Somos seres racionais capazes de dar um sentido e uma direção para a nossa vida. Somos sempre capazes de reagir de uma maneira positiva diante de qualquer adversidade, de qualquer obstáculo, de qualquer barreira. Tenhamos sempre por princípio que "tudo o que acontece fora de nós deve ser encarado como um exercício para o domínio de nossa mente e, por conseguinte, de nossas ações". Somente saindo um pouco do rebuliço, da agitação diária é que começaremos a refletir, a pensar, e a planejar nossa vida para que ela não siga ao rumo do vento.



"De outra agitação deves preservar-te: A dos insensatos que, durante toda a vida, se esgotam em infrutíferos movimentos, incapazes de dirigir suas tendências e seus pensamentos." _ Insensatos somos todos nós quando perseguimos a satisfação de desejos vazios, de afetos infrutíferos, de honras que só irão desonrar e atrasar a evolução de nossa alma. Insensatos somos toda vez que prontamente abrimos mão de nossas metas verdadeiras para abraçar as loucas ideias alheias que nos incluem. Insensatos somos, quando não somos capazes de determinar nossa conduta, seja em relação a nós mesmos ou aos outros. Insensatos seremos sempre que não formos mestres de nossa alma, de nosso corpo e coração.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Comentando as "Meditações" de Marco Aurélio - III



"VI _ Humilha-te, humilha-te, minh'alma! Para exaltar-te, tempo já não te sobra. A vida é curta para todos. A tua está quase ao fim, e tu não te respeitaste, já que nas almas dos outros puseste a tua felicidade." (Marco Aurélio, Meditações, Livro Segundo, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002).


"VII _ Sacodem-te de um lado para outro os acidentes exteriores. Garanta um pouco de lazer para meditar sobre alguma boa verdade, e foge ao rebuliço. De outra agitação deves preservar-te: A dos insensatos que, durante toda a vida, se esgotam em infrutíferos movimentos, incapazes de dirigir suas tendências e seus pensamentos." (Marco Aurélio, Meditações, Livro Segundo, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002).



"Humilha-te, humilha-te, minh'alma! Para exaltar-te, tempo já não te sobra. A vida é curta para todos." _ O tempo passa rápido e desperdiçamos com o seu passar as oportunidades da evolução. Passamos grande parte do tempo superestimando nossos conhecimentos e capacidades. Colocamo-nos em verdadeiros pedestais baseados em Ilusões de nossa mente. Quanto maior for a altura do pedestal, maior será a queda na dura realidade dos fatos: Estamos todos juntos trilhando a mesma jornada, com diferentes caminhos, rumo ao progresso de nós mesmos. Para quê, então, se gabar disso ou daquilo? A verdadeira superioridade não sente a necessidade de reconhecimento alheio. Procuremos, pois, adotar uma postura humilde, simples, sem floreios, sem falsa modéstia, sincera, em todas as questões de nossa existência. 


"A tua está quase ao fim, e tu não te respeitaste, já que nas almas dos outros puseste a tua felicidade." _ Não sabemos em qual data, local e hora deixaremos essa vida. Porém, sabemos que mais cedo ou mais tarde a deixaremos. Por qual razão, então, depositaremos aquilo que mais desejamos e consideramos coisa preciosa, a saber, nossa própria felicidade, nas mãos das outras pessoas? Quando iremos apreender a construir a base forte de nosso bem estar físico, emocional e mental em nós mesmos? Não sejamos, portanto, como crianças, que sentem-se felizes somente quando ganham de seus pais os seus desejados brinquedos, ou quando a deixam brincar no parque. Tudo isto é exterior à própria criança e não depende dela. E se ela não ganha o que quer, então, chora, grita e se revolta com o mundo, com Deus e com todos ao seu redor. Sejamos, pois, adultos de verdade. Deixemos as coisas e as atitudes da infância de uma vez por todas. Tenhamos a coragem e a força de alma suficiente para buscar aquilo que depende somente de nós. Dessa maneira, não depositaremos nossa felicidade, exclusivamente, nos cuidados e na atenção de alguém. Antes de mais nada, cuidaremos e colocaremos nossa atenção em nós mesmos. Seremos nossos melhores amigos, trabalharemos ao nosso favor, somente dessa forma começaremos a dar uma base sólida para a nossa felicidade.

quinta-feira, 17 de maio de 2012


"Sei que não me poderão macular suas feias ações. Não me devo zangar com um parente, tampouco evitá-lo, já que nascemos para colaborar na mesma obra, como os pés, as mãos, as pálpebras, os dentes superiores e inferiores. É contra a natureza a hostilidade recíproca. A cólera e a aversão são hostilidades" _ O que os outros fazem de errado jamais pode prejudicar nossa alma. Somente nós, com nossas más ações e opiniões podemos nos prejudicar. O mal fica com aquele que o pratica. O bem vai junto com quem o distribui. Se as pessoas com quem tenho que conviver, não são ainda esclarecidas sobre os prejuízos e benefícios de sua conduta devo ter a paciência necessária para, através de meu exemplo, compartilhar as horas do meu dia. Nesse sentido, não sejamos hostis a ninguém. As pessoas segundo as quais não temos afinidade podem nos servir como grandes mestres de nós mesmos, revelando-nos a nossa soberba, o nosso orgulho, a nossa arrogância, a nossa falsa humildade. No grande mundo da convivência humana somos todos necessários. Com os exemplos da conduta de cada um, aprendemos e ensinamos. A sabedoria está em saber colher o aprendizado de cada lição que se apresenta aos nossos olhos diariamente.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Mas esses homens são assim devido à sua ignorância do bem e do mal. Porém, eu, compreendendo a natureza do bem, que é o belo, e do mal, que é o feio, e da natureza dos próprios culpados, meus parentes, não pelo sangue, ou pelo nascimento, mas pela inteligencia e pela origem divina, não temo que me causem dano algum" _ Os homens erram por ignorância. Essa era a tese de Sócrates, resgatada aqui por Marco Aurélio. Se nós tivéssemos a consciência de que toda ação recai, em última instância, sobre nós mesmos, não iríamos perder nosso tempo com coisas que nada nos trazem de benefício. Fazer o bem aos demais é fazer para si mesmo e prejudicar aos outros é cavar nossa própria sepultura. Tenhamos, portanto, por meta sempre espalhar o bem ao nosso redor de uma forma desinteressada. Só o bem, que é sinônimo da verdadeira beleza, pode nos trazer um estado sereno de espírito.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Comentando as "Meditações" de Marco Aurélio - II






"I - Dizer para si mesmo, ao amanhecer: "Sei que vou encontrar um indiscreto, um ingrato, um grosseiro, um velhaco, um invejoso, um intolerante. Mas esses homens são assim devido à sua ignorância do bem e do mal. Porém, eu, compreendendo a natureza do bem, que é o belo, e do mal, que é o feio, e da natureza dos próprios culpados, meus parentes, não pelo sangue, ou pelo nascimento, mas pela inteligência e pela origem divina, não temo que me causem dano algum. Sei que não me poderão macular suas feias ações. Não me devo zangar com um parente, tampouco evitá-lo, já que nascemos para colaborar na mesma obra, como os pés, as mãos, as pálpebras, os dentes superiores e inferiores. É contra a natureza a hostilidade recíproca. A cólera e a aversão são hostilidades" (Marco Aurélio, Meditações, Livro Segundo, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002).


"Dizer para si mesmo, ao amanhecer: "Sei que vou encontrar um indiscreto, um ingrato, um grosseiro, um velhaco, um invejoso, um intolerante"   _ Antes do contato com os outros devemos estar preparados. Preparados para enfrentar todo tipo de situação, como um soldado em campo de batalha. Devemos esperar o bem sem esquecer a existência do mal. A evolução acontece aos poucos, não esperaremos de nossos irmãos aquilo que eles ainda não podem compreender e praticar. Por isso precisamos ser indulgentes, ser inclinados ao perdão e à compreensão mútua. Sem isso nova vida será carente de paz e tranquilidade. Estejamos, portanto, preparados para todas as ações de nossos irmãos aqui na Terra.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Ser generoso, inclinado ao perdão, ter um caráter antes reto do que retificado" _ A generosidade é uma porta de escape do egoísmo. Ser  generoso é reconhecer que os outros também possuem necessidades e carências. Não só necessidades de coisas materiais mas também de sentimentos, de atenção e de compreensão. Saibamos, portanto, compartilhar aquilo que temos de melhor com as demais pessoas. Ser inclinado ao perdão significa tentar compreender os motivos que se encontram ocultos por detrás de uma má ação. Será que nós também não praticaríamos as mesmas ações que os outros? Se gostamos quando somos compreendidos porque não tentar ver além das aparências? Perdoar significa se libertar. Significa desatar os laços do ressentimento, que nos prendem a quem nos causou dor e mágoa. E ser livre é a aspiração de toda alma.
É melhor sermos retos porque ganhamos tempo, evoluímos mais rápido. Não nos detemos na senda da retificação, muitas vezes, dolorosa. Ser reto é buscar a sabedoria necessária para o bem viver. Viver bem consigo mesmo, primeiramente, e com os demais, secundariamente. Nesse sentido, retos são todos os que buscam sempre trilhar o caminho do bem, evitando as tortuosidades do mal.



"Lembro-me mais ainda: Ninguém jamais se sentiu menosprezado por ele, porque ele nunca ousou se julgar superior. Era, enfim, a própria cordialidade" _ Menosprezar alguém significa atestar nossa fraqueza e ignorância. Menosprezar não significa desprezar, mas sim tratar alguém como inferior. Para quê isso? Não precisamos desfazer ou destratar os outros para nos elevar. Deixemos que o tempo revele nosso conhecimento e nossa sabedoria. Não sejamos vaidosos de nossa pouca visão, ainda somos cegos ávidos por sermos guias de outros cegos. Se dominamos um assunto, se sabemos nos comportar, se somos educados, façamos disso um exemplo à ser seguido, e não um motivo para menosprezar ninguém. Ser cordial com todos só trará benefícios para a nossa vida. Da cordialidade, da gentileza, nascem grandes e verdadeiras afeições, até mesmo sinceras amizades.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

"Demonstrar, para todos, que se diz sempre o que se pensa e não se cogita do mal" _ Ser coerente consigo mesmo e com os outros jamais pode nos trazer prejuízos. Portanto, que a nossa fala seja a pura manifestação de nosso pensamento. O quê iremos ganhar sendo uma pessoa dissimulada? Pensar e ter algo como verdadeiro porém afirmar o contrário disso é demonstrar falta de juízo, é ser insano. Dissimular é pactuar com o Mal. Por isso, sejamos verdadeiros e honestos conosco e com os demais que vivem ao nosso lado. O Mal só entra em nossas vidas se deixamos a porta aberta. E a porta de entrada principal do Mal é o nosso modo de pensar. Sejamos pessoas prudentes, jamais desconfiadas. Que o nosso primeiro pensamento no trato com alguém seja o da veracidade. Jamais esqueçamos que nós julgamos os outros por nós mesmos. Em vista disso,  se procurarmos compreender as trilhas da evolução humana não pensaremos mal de ninguém.



"Não se espantar, perturbar ou enervar, não ser indolente, irresoluto, sujeito a abatimentos e desigualdades de gênio, ora risonho, ora colérico ou desconfiado" _ Nada é mais variável do que o ânimo humano ao deparar-se com as vicissitudes da vida. Acordamos alegres, vamos ao trabalho, vamos à escola, nos desentendemos com nosso chefe, discutimos com nossos colegas e pronto: Já estamos tristes, abatidos e arrependidos. Daqui a um pouco recebemos uma boa notícia, algo que esperávamos aconteceu, novamente volta nossa alegria, nosso dia está ganho. Qual o ensinamento que podemos tirar dessa constatação? O de que não somos mestres de nós mesmos. As circunstâncias externas nos dominam, controlam totalmente nosso pensamento e sentimento. Tenhamos, pois, a força suficiente para não nos deixarmos levar pelas primeiras impressões dos acontecimentos. Busquemos sempre o autodomínio.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

"Dosar, harmoniosamente, sentimentos de doçura e gravidade" _ O segredo dessa frase, e também do curso tranquilo de nossa vida, está na palavra  'harmoniosamente'. Obviamente, em nosso cotidiano oscilamos entre momentos de suavidade e de austeridade, porém devemos passar de um estado à outro de uma forma harmônica, isto é, sem sobressaltos, sem movimentos violentos do espírito. Nada de estarmos em um momento alegre e calmo e já no momento seguinte nervoso e furioso. Devemos passar de um estado a outro do espírito da mesma forma que as águas de um pequeno riacho deslizam por sobre ou entre as pedras, isto é, sem agitação, sem violência, naturalmente.



"Cumprir, sem teimar, todas as obrigações" _ O cumprimento de nossas obrigações presenteia-nos com uma ferramenta indispensável para o sucesso de nossos objetivos, a saber, a disciplina. Quem habitua-se a cumprir com seus deveres, sem reclamar que eles são penosos demais ou fáceis demais, adquire desde cedo a capacidade de disciplinar-se para realizar as tarefas que o trabalho, o estudo, a família, os amigos, nos exigem. Sem disciplina todo trabalho começa mas nenhum trabalho termina. Nenhum resultado alcançamos, nada de bom adquirimos. Agradeçamos, pois, por todas as obrigações que temos em nosso dia a dia, dado que são elas que tornam nossa alma mais disciplinada, e assim cada vez mais apta para todo tipo de conquistas. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Comentando as "Meditações" de Marco Aurélio - I


Marco Aurélio

Meditações, Livro Primeiro

XV _ "De Máximo: Aprendi a ser senhor de mim mesmo, nada fazendo ao acaso. Ter bom ânimo nas doenças e outras provações. Dosar, harmoniosamente, sentimentos de doçura e gravidade. Cumprir, sem teimar, todas as obrigações. Demonstrar, para todos, que se diz sempre o que se pensa e não se cogita do mal. Não se espantar, perturbar ou enervar, não ser indolente, irresoluto, sujeito a abatimentos e desigualdades de gênio, ora risonho, ora colérico ou desconfiado. Ser generoso, inclinado ao perdão, ter um caráter antes reto do que retificado. Lembro-me mais ainda: Ninguém jamais se sentiu menosprezado por ele, porque ele nunca ousou se julgar superior. Era, enfim a própria cordialidade" (Marco Aurélio, Meditações, São Paulo: Editora Martin Claret, 2002).


A sabedoria nunca envelhece, nem torna-se obsoleta com o passar do tempo. Marco Aurélio, um dos expoentes do estoicismo romano, nos oferece nesse pequeno parágrafo uma grande fonte de informação sobre a conduta a ser adotada por todos aqueles que buscam em suas vidas a Tranquilidade, a Serenidade e a Paz da Alma. Façamos, pois, uma análise do aprendizado de vida desse filósofo e imperador romano.

"Aprendi a ser senhor de mim mesmo, nada fazendo ao acaso" _ Ser senhor de si mesmo, isto é, ter domínio sobre sua própria vontade, pensamento, coração e corpo é a condição primeira para qualquer ação. Se não tivermos clareza em nosso pensar agiremos ao sabor dos acontecimentos. Seremos reféns de nossos desejos irrefletidos, reféns das circunstâncias externas, reféns de tudo dentro e fora de nós. Não agir ao acaso, ter uma meta em tudo. Saber porquê se está fazendo isso de tal e tal maneira. Interrogar as causas e as razões por detrás de tudo, de toda conduta, de todo ato ou acontecimento. Agir sempre pela prória autodeterminação.

"Ter bom ânimo nas doenças e outras provações" - Como minha Mãe sempre diz: "A fé cura e a impressão mata". Nada de desvairios, de desesperos. Nada de adotar um estado de ânimo nervoso, negativo, tenhamos fé na Providência, tenhamos fé em nós mesmos. Combatamos a tristeza, por algo ruim que nos aconteceu, com a consciência de nossa dignidade e de nosso valor. A tristeza, a doença, a desgraça só nos prejudicam se nós deixamos elas nos prejudicarem.

 

terça-feira, 8 de maio de 2012

O estoicismo de Epitecto

Faço aqui a divulgação de um importante site sobre o estudo do estoicismo em nosso País.

Lançamento: Encheirídion de Epicteto: Edição Bilingue

http://musoniorufo.zip.net

data: 27.04.2012

Prezados pesquisadores,

Comunicamos a todos o lançamento da primeira edição do Encheirídion de Epicteto: Edição Bilíngue e da terceira edição do Introdução ao Manual de Epicteto, pela EdiUFS.
Os livros podem ser baixados gratuitamente em pdf pelo seguintes links:
Os livros podem ser baixados gratuitamente em pdf pelos seguintes link:

Link direto para o pdf do Encheirídion de Epicteto: Edição Bilíngue
http://ia701204.us.archive.org/24/items/OEncheiridionDeEpictetoEdicaoBilingue/enchbifinal26.04.12.pdf

Link direto para a terceira edição do Introdução ao Manual de Epicteto
http://ia700409.us.archive.org/30/items/OManualDeEpicteto/Dinucci-IntroduoAoManualDeEpicteto.pdf




O Editorial Prometeus (http://200.17.141.110/periodicos/prometeus/editora.htm) cumpre a missão de tornar acessível a todos obras de interesse para a área de ética e epistemologia através do formato pdf. De modo a propiciar ao máximo a difusão das obras, os livros podem ser baixados gratuitamente e estão formatados para ser impressos no formato brochura, tanto no tamanho A4 (21 por 29,7 cm) quanto no tamanho A5 (14,8 por 21).

instituição: Universidade Federal de Sergipe
local: Sede do Prometeus -
Campus UFS - Rosa Elze
contato: vivavoxsergipe@yahoo.com.br

quinta-feira, 3 de maio de 2012


"Uma vida sem exame não vale a pena ser vivida"  - Sócrates

Segundo a tradição, Sócrates teria feito a afirmação acima. Mas o que ela significa? Ainda seria atual o ensinamento socrático?
Será que vale a pena viver sem examinar o rumo que tomamos?

Na agitação cotidiana a reflexão muitas vezes inexiste. Vivemos em uma sociedade que nos incita a viver, agir, trabalhar, e consumir, sobretudo, sem refletir, sem parar para pensar nas consequências de tudo isso.

Viver no turbilhão e ter consciência dele. Seremos capazes de realizar essa tarefa? Teremos a força para tanto?

Viver é muito mais do que só respirar. Viver é buscar o novo, é expandir-se, é buscar a construção de seu próprio mundo. Nesse sentido, as questões socráticas nunca perdem sua atualidade:

"Quem sou eu? Do que eu gosto? O que me deixa feliz? Como construo minha felicidade? Que elementos estão presentes em uma vida boa?"

Procuremos, pois, como bons amigos do saber, e de nós mesmos, responder à essas questões mesmo nas águas mais agitadas do nosso dia a dia. As respostas obtidas servirão para nos indicar, ou ao menos nos dar pistas, de como devemos proceder se almejamos uma verdadeira vida.